terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

A probabilidade de ocorrência do dano durante a exposição


· O trabalhador sobe escadas 10 vezes por dia (exposição) e risco de morte (gravidade) caindo, mas o acidente depende igualmente do estado da escada, da estabilidade do ponto de apoio, corrimão, etc.;
· Trabalhar com um produto químico suscetível de provocar o câncer (gravidade) durante 2 horas por dia (exposição), mas o fato a ser contaminado depende igualmente da ventilação, do confinamento do produto, etc.;
Intervêm por conseguinte de outros parâmetros da situação de trabalho (a natureza e a confiabilidade dos equipamentos de proteção coletiva, as condições climáticas, a qualidade dos instrumentos…) que determinam a probabilidade de ocorrer este dano durante a exposição.
Esta probabilidade é também uma função de certas características do trabalhador: idade, dimensão, sensibilidade pessoal. Estas características não são fatores de risco neles mesmos já que não podem provocar danos. Contudo, são suscetíveis de agravar o risco quando existem. É por conseguinte, lógico e explícito, chamá-los de cofatores de risco.
O risco
O risco nele mesmo é a probabilidade (potencialidade) de um dano de certa gravidade, tendo em conta a exposição a um fator de perigo e a probabilidade de ocorrer este dano durante esta exposição.
· É a probabilidade de morte por queda, tendo em conta o estado da escada e desta ação acontecer 10 vezes por dia a uma altura de 3 metros do solo e o trabalhador permanecer durante 20 minutos nesta altura e nesta tarefa;
· É a probabilidade de uma contaminação manipulando um produto biológico de classe 2 durante 2 horas por dia, tendo em conta que o trabalho é realizado em circuito fechado, sob fluxo laminar…
Existem certos métodos que permitem uma quantificação destes riscos. Conhecido na Bélgica por método de Kinney e Wiruth [22] .
O risco residual é, como o seu nome indica, o risco que subexiste quando as medidas de prevenção já foram tomadas.
Tendo em conta estas definições e a fim de evitar qualquer confusão entre interlocutores, certas expressões devem ser evitadas, como “risco perigoso”, “risco ocasional”, “risco potencial” ou ainda “análise dos riscos e os danos”.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Voltando com a estratégia SOBANE!




A definição “de fator de risco” faz referência um dano, um efeito negativo de certa gravidade. Pode tratar-se:
· De lesões físicas (fraturas, cortes…) provocando uma incapacidade de trabalho temporária ou permanente, ou mesmo a morte;
· De doenças profissionais (surdez, intoxicação, tendinites…) mais ou menos a longo prazo, reversíveis ou não e que podem provocar a morte;
· De problemas físico-sociais (cansaço, insatisfação, desmotivação, perturbações psicossomáticas, depressão…) podendo também conduzir à morte, por exemplo, suicídio;
· De problemas de desconforto (de postura, iluminação, ruído, relações interpessoais…).
Freqüentemente, omite-se refletir no que poderia realmente resultar o dano devido à exposição a um certo fator de risco. Ora, o problema - o risco - é diferente se o dano eventual for uma entorse ou uma fratura, um desconforto ou uma surdez, uma surdez fraca a longo prazo ou uma surdez severa, uma insatisfação momentânea ou uma desmotivação profunda.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Reunião com a ARPAT - Associação Regional dos Prevencionistas em Acidentes do Trabalho

Com o intuito de promover a estratégia SOBANE no Estado do Rio Grande do Sul, realizamos uma reunião em Santa Cruz no dia 06 de fevereiro de 2009 com a ARPAT - Associação Regional dos Prevencionistas em Acidentes do Trabalho, reunião com a casa cheia, platéia formada por Engenheiros de segurança, Técnicos de Segurança, Técnicos em Enfermagem, Administradores e Médico do trabalho.

Esta reunião foi representada pelo Presidente da ARPAT, Técnico de Segurança, Sr. Osmar Richter e seu secretariado.

Estavam representadas nesta reunião as maiores empresas da região.

Acredito que os presentes a reunião representam hoje mais de 15 mil trabalhadores em assuntos de saúde ocupacional e segurança do trabalho.

Neste encontro foi mostrada a Estratégia SOBANE:


  • A sua simplicidade;

  • O dialogo participativo com o Trabalhador;

  • A missão da SOBANE;

  • Como implementar a SOBANE;

  • Exemplos na aplicação da Estratégia SOBANE;

  • A SOBANE na Europa com exemplos do Prof. Malchaire;

Acreditamos que esta reunião sera traduzida no emprego da Estratégia de Gerenciamento de Riscos e sua facil e compreensiva utilização.


Ficando claro a todos os presentes, no fechamento destes, o fato principal de a Estratégia SOBANE ser feita pelos próprios trabalhadores junto com o seu SESMT, pessoal de casa, o que implica em um custo muito baixo para sua implantação.


Foto do Prof. Malchaire, idealizador da Estratégia SOBANE.

O Prof. Malchaire, estara no mês de março na Tunisia com o objetivo de ensinar a Estratégia SOBANE aos Trabalhadores locais.

A SOBANEBRASIL deseja boa sorte neste empreendimento de ensino a preveção e a saúde ao Trabalhador


Estratégia SOBANE bem sucedida!


Sexta feira foi um dia muito especial para a SOBANEBRASIL, rodamos a estratégia em uma empresa.
Sucesso total, levantamento de riscos com a fábrica, 'Guia de dialogo' - DEPARIS, os trabalhadores com clareza levantaram suas dificuldades:
Banheiros;
Locais para refeições;
Situações ergonômicas - Diversas...;
Organização do trabalho - NR 17;
Pausas, estas com um assunto interessante:
Fumantes podem fazer pausas a cada cigarro a fumar, quem não fuma tem a pausa dada pela empresa, 15 minutos por turno. Assim, 8 minutos por cigarro, significa, 5 cigarros fumados, 40 minutos de pausa, e a pergunta do funcionário que não fuma:
- Eu não tenho esta pausa, porque não fumo!
Este problema passa para o etapa 2, Observação da estratégia SOBANE.
Outra situação feliz, mais de 60% dos problemas levantadas foram resolvidos neste pré diagnostico (
vide NR 17 e o pré diagnóstico) pelos próprios trabalhadores e supervisão.

Nós e acredito o Prof. Malchaire estamos de parabéns, comemorando com êxito este inicio de trabalho.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

A exposição

Um fator de risco existe para o trabalhador apenas na medida em que este é exposto.
· No caso de um fator de risco ligado à segurança, a exposição pode ser avaliada em termos de duração durante a qual ou de freqüência à qual o trabalhador é exposto;
· No caso dos agentes químicos e físicos, freqüentemente é recomendado quantificar a exposição por medições do nível ou meio equivalente de exposição: concentração média sobre 8 horas, nível pessoal de exposição sonora [21, 46, 47] que leva em consideração, a duração e a intensidade da exposição.
A tendência é pensar que esta quantificação é necessária ou mesmo indispensável à prevenção e a maior parte dos manuais de higiene do trabalho está consagrado a estes métodos de quantificação.
Na maioria dos casos, contudo, estas quantificações diretas não conduzem à prevenção .Este ponto será discutido em detalhe a seguir no capítulo consagrado aos princípios básicos.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Os fatores de risco

São chamados fatores de risco todos os aspectos da situação de trabalho que têm a propriedade ou a capacidade de causar um dano e de interferir negativamente com a segurança, a saúde e o bem-estar dos trabalhadores. Estes fatores podem ser relativos:
· A segurança: as máquinas, as escadas, a eletricidade….
· A saúde fisiológica: o calor, os solventes, os movimentos repetitivos….
· A saúde físico-social: os problemas de relação, conteúdo do trabalho, organização do tempo ou ainda de stress.
Quando um uso rigoroso dos termos impõe-se por conseguinte nas discussões entre conselheiros em prevenção ou peritos e os regulamentos -, os termos de fator de risco deveriam ser utilizados antes que os termos de perigo (que, no espírito de muitas pessoas, refere principalmente aos fatores de risco de segurança: incêndios, acidentes, eletricidade…) e de dano (utilizado antes para os fatores de ambiente como o ruído, a iluminação…).
Seria ilusório querer impôr esta terminologia rigorosa nas empresas. Contudo, os esclarecimentos que os interlocutores subentendem por estes termos é necessários em numerosas ocasiões.
Este significado específico dos termos “fator de risco” é diferente da adotada em medicina, onde, por exemplo, a obesidade é chamada um fator de risco de enfartes. Como se discutir-se-á abaixo, estas características individuais (idade, tipo, pesos, sensibilidade pessoal…) serão chamados cofatores de risco.